As pedras da história.
Antes de retomar o assunto, quero esclarecer que não tenho preferência partidária, que minha indignação é pela ações de alguns políticos que ferem a lei de preservação patrimonial e fazem o que querem na cidades históricas de Minas Gerais.
Sei que muitas pessoas, como eu, que amam história e a diversidade cultural, ficaram indignados com a destruição de alguns tesouros da humanidade, promovida pelo grupo Estado Islâmico. Eles não tiveram nenhum respeito pelo passado. Como um praga criminosas burlaram a lei de preservação e reduziram a pó grandes monumentos da história. Ocasionando perdas irreparáveis ao mundo.
Sei que muitas pessoas, como eu, que amam história e a diversidade cultural, ficaram indignados com a destruição de alguns tesouros da humanidade, promovida pelo grupo Estado Islâmico. Eles não tiveram nenhum respeito pelo passado. Como um praga criminosas burlaram a lei de preservação e reduziram a pó grandes monumentos da história. Ocasionando perdas irreparáveis ao mundo.
Mas está falta de descaso com o
passado, não está tão longe de nós. Em muitas cidade históricas, o patrimônio é
depredado, abandonado até virar ruína, roubado e vendidos no mercado negro das
artes.
A memória talvez seja a grande
riqueza de uma nação. E o que nos faz ser o que somos. Nos lembra de onde
viemos e nos identifica como povo. Através desta reflexão quero raciocinar
sobre um notícia de 24/09/2013 do Estado de Minas, relacionada a Ouro
Preto"Asfalto agride a história de Ouro Preto". "O
caminho de acesso ao Museu Casa dos Inconfidentes na Vila Aparecida teve suas
pedras cobertas pelas máquinas da Prefeitura e se torna alvo de inquérito do
Ministério público"(http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/09/24/interna_gerais,452358/asfalto-agride-a-historia-em-ouro-preto.shtml) e "Prefeitura
de Ouro Preto é proibida de asfaltar ruas em área tombadas" de
16/06/2015. "A justiça proibiu a prefeitura de Ouro Preto, na
região Central de Minas Gerais, de asfaltar vias públicas(...) A possibilidade
de as obras causarem danos de difícil reparação"(http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/06/16/interna_gerais,658699/prefeitura-de-ouro-preto-e-proibida-de-asfaltar-ruas-em-areas-tombadas.shtml)
A memória de Ouro Preto não está
apenas nos casarões, nas igrejas e chafariz, nas praças, está também nas ruas
de pedras. Sim está que foram escupidas cuidadosamente pelos escravos, e postas como um quebra
cabeça, a adonar o chão. Elas estão ali para lembramos que foram mãos marginalizadas, mãos sofridas, mas talentosas que as fizeram. Elas também
simbolizam o jeito de fazer, ou seja a técnica antiga que foi empregada na construção
das ruas. A permanência é essencial para os estudos arqueológico e histórico.
O que seria então o asfalto na
memória. O asfalto seria aquilo que nos impediríamos de admirar esse trabalho.
Ele seria a crosta do esquecimento que nos esconderia o passado. Limitando
nosso olhar sobre a cidade histórica. Por fim deixaria os arqueólogos e
historiadores sem objeto de estudo e sem conhecer o jeito de fazer antigo, do
homem negro e escravizado.
Com certeza Ouro preto seria uma
cidade mutilada sem suas ruas de pedra. Pôr o asfalto tiraria parte do seu
encanto de cidade histórica.
Ouro Preto foi a primeira cidade a ser patrimônio mundial da humanidade, devemos ter orgulho. Infelizmente, por causa da irresponsabilidade de alguns políticos, poderá ser a primeira cidade a perde-lá
Ouro Preto foi a primeira cidade a ser patrimônio mundial da humanidade, devemos ter orgulho. Infelizmente, por causa da irresponsabilidade de alguns políticos, poderá ser a primeira cidade a perde-lá
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