As questões relacionadas ao
meio ambiente passaram a ganhar relevância na Conferencia Mundial do Meio
Ambiente em 1978, onde foram realizados acordos que visam o desenvolvimento
sustentável. Nesta conferencia procurou-se analisar a compreensão da realidade
ambiental, levando em consideração aspecto político, econômico, ético, social,
cientifico, cultural, ecológico, histórico e tecnológico.
Desde então, verificou-se a
importância de estabelecer meios para a preservação do meio ambiente. Dentre as
quais, a definição de metas para a diminuição de gazes nocivos ao ambiente, o
desenvolvimento de maneiras adequadas para o tratamento do lixo, despoluição
dos rios, diminuição das queimadas, substituição das formas convencionais de
energia para a fontes limpa e renovável. Destaca-se a educação ambiental como
método permanente e continuo na busca de um desenvolvimento voltado a
preservação do meio ambiente, dentre os mecanismos desenvolvido para a
conscientização ambiental esta o ecoturismo.
A finalidade do ecoturismo é conciliar a atividade
turística com o meio ambiente de forma a conserva-lo, permitindo o turista
obter um contado com a natureza e a cultura, buscando educar as pessoas
envolvidas por meio da interpretação do meio. Os visitantes se relacionam com o
espaço e os residentes de forma conscientente. Embora este segmento permite utilizar
os recursos naturais e culturais de modo sustentável há uma má utilização deste
termos que é as vezes é confundido com o turismo de aventura.
2.
DESENVOLVIMENTO
No século XIX, houve uma valorização dos recursos
naturais, provocando um novo comportamento diante das áreas naturais. Costa (2002, p. 28) demonstra que o ecoturismo
foi inicialmente definido como um retorno às origens do homem ao meio natural
em seu estado primitivo. Posteriormente, em 1992, o Congresso Mundial de
Ecoturismo conceituou a atividade como, turismo destinando a apreciação da
natureza através do conhecimento e interpretação dos valores naturais e
culturais presente, permitindo a integração com a comunidade local, de modo a
minimizar os impactos negativos.
O turismo tornou-se uma atividade econômica
fundamental para o desenvolvimento de um país, uma peça importante de preservação
do meio ambiente e do manejo adequado para o desenvolvimento das atividades
apropriada, ou seja a busca da sustentabilidade. Segundo Lustosa (2005) As
atividades relacionadas ao lazer e ao turismo vem ganhando relevância,
tornando-se um dos setores que mais crescem no mundo, mobilizando recursos e
criando novos espaços turísticos. Dentre os espaços inseridos nas leis
ambientais brasileiras esta a Reserva Particular do Patrimônio Natural- RPPN
que são áreas particulares destinadas a conservação ambiental pelo uso
sustentável.
Lustosa (2005) enfatiza a importância dos eventos
internacionais para um novo posicionamento ambiental ao analisar que ate 1989
as RPPN não poderiam ser consideradas áreas protegidas, com ECO-92 restabelece
o interresse pelo turismo ecológico que já era praticado por um relevante número
de pessoas. Este tipo de atividade turística recebeu a designação de ecoturismo
ao sofrer influências ambientalistas e ao impregnada conceitos conservacionistas.
Embora as RPPNs tenha a finalidade de explorar os
lugares de maneira sustentável, Lustosa (2005) expõem as principais dificuldade
em aplicar os princípios do ecoturismo. Nas RPPNs são permitidas atividades de
interesses científicos, culturais, educacionais, recreativo e de lazer, porem o
lazer compreendido como uma atividade comercial. enfraquece a finalidade do ecoturismo.
Observa-se que este é transformando em um item para relações publicas, pois o
ecoturismo é uma forma de criar uma boa imagem da empresa. Muitas vezes o
mercado não distingui turismo de aventura e ecoturismo, vendendo pacote de
forma errada. Como observado por Lustosa (2005) Quando uma região demonstra
forte valorização torna-se consumível e o que pode ser verificado nestes lugares
e a turistificação que é a assimilação do lugar pelo turismo. Este se
artificializam quando há uma maior preocupação com os visitantes do que o
ambiente.
De acordo com Lustosa (2005) O ecoturismo é entendido
como uma alternativa para regiões fraca economicamente, por esta impregnado de
ideologias ambientalistas que tem a finalidade de promover a sustentabilidade,
porem os diversos projetos denominados como ecológicos tem este objetivo como
fachada, pois, ao perceber o grande potencial natural, o interesse econômico
sobrepõem-se ao social, cultural, ecológica, política e a espacial visto que
estas dimensões deveriam interagir-se é não uma impor-se a outra.
Costa (2002, p. 79) declara que a ausência de
planejamento e fiscalização é a causa dos prejuízos ambientais, transformando a
atividade ecoturismo em turismo predatório. Ao atraírem empreendedores
inescrupulosos que pretende obter lucro rápido, verifica-se pouco interesse
pela conservação ambiental. Assim há o desenvolvimento do comercio ilegal de
aves e plantas, ampliação da procura inrregular dos atrativos gerando estresse
ambiental e aumento da poluição ambiental.
A superação dos aspectos econômicos tem desfavorecido
estudos sobre a realidade dos aspectos relacionado a natureza, a cultura e aos
psicossociais. Fatos que segundo Lustosa (2005) afeta diretamente as populações
tradicionais ou residente, pois a implantação das áreas de conservação
negligencia os modo de subsistência da população residente, considerando estas
prejudiciais ao meio ambiente. Assim não dispõe de outra alternativa para esta.
Marginalizando a população do processo turístico não obedecendo o direito de
participação da comunidade .
3.Conclusão
O ecoturismo apresenta inúmeras vantagens quando
aplicado de forma correta, ou seja, respeitando a integração do social, natural
e econômico. Alem de ocasionar uma mudança de comportamento que ira contribuir
para a preservação do meio ambiente.
A forma correta, de estabelecer o ecoturismo e manter
um planejamento constante nas áreas naturais, analisando os eventuais erros e
propondo ações para o futuro. Uma das formas de planejamento é Plano de Manejo nas
Unidades de Conservação e a criação de sedes que irão gerencias estas áreas.
Outro ponto importante e a verificação das leis vigente e o entendimento do que
seja o ecoturismo, por parte da população, porque este tipo de turismo,
geralmente é confundido com turismo de aventura. As pessoas devem esta
consciente de sua participação na atividade turística, pois a população é um
dos fatores de sucesso desta atividade.
Costa (2002, p. 73) pontua algumas considerações que
garante o desenvolvimento do ecoturismo. Dentre as quais: contribuir para o
crescimento sustentável das áreas adjacentes e de seus moradores; verificar as
especificações de cada local, pois cada um precisa de estratégia, princípios e
políticas especificas; deve estabelecer critérios em que permita a obediência
de todos; efetivar a colaboração da comunidade no desenvolvimento do
planejamento, gestão e regulamentação; os atores devem estar bem informados e
conscientes dos possíveis impactos negativo; o planejamento das infra estrutura e os
sistema de comunicação deve ser realizadas de modo a minimizar impactos
negativos.
Referências
Lustosa, Isis Maria Cunha. RPPN, Eco turismo, Populações Tradicionais:
Dilema de uma Política de área Particulares Protegidas, Disponível em: http://www.revistas.ufg.br/index.php/bgg/article/viewArticle/4111
Acessado em 05 out.2009.
Costa, Patrícia Cortes Ecoturismo São Paulo: Aleph,2002 .4.ed
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